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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Curso de Música - Aula 02 - A Partitura

Aula 02 - A Partitura

Respostas das questões da Aula 01:

1) A 2) C 3) C 4) B 5) E

Ao se tocar uma música, várias de suas características devem ser observadas como por exemplo a melodia, o ritmo, a harmonia, o andamento, etc. A partitura guarda todas essas informações de forma que qualquer músico possa tocar uma música sem nunca tê-la ouvido. 


Para o teclado, no geral, uma partitura contém as informações dos acordes (harmonia), tocados com a mão esquerda, e das notas que compoem a melodia, tocadas com a mão direita. Outras características da música são também informadas na partitura como, por exemplo, o andamento, ritmo, letra da música, etc.

Veremos inicialmente as informações da melodia. As notas são informadas na pauta (ou pentagrama). Pauta são 5 linhas paralelas e horizontais, formando 4 espaços. As notas podem ser colocadas sobre as linhas ou espaços, que são contados de baixo para cima, conforme figuras abaixo:
 


Quando as notas ultrapassam o limite da pauta, usam-se linhas suplementares superiores e inferiores:
Clave um sinal gráfico colocado no incio da pauta para dar nome s notas. H 3 claves: Clave de Sol, Clave de F e Clave de D.

A Clave de Sol escrita na segunda linha, logo toda nota que estiver na segunda linha a nota Sol. As outras linhas e espaços esto relacionados conforme figura abaixo:


A clave de F escrita na quarta linha, logo toda nota que estiver nesta linha a nota F. As outras linhas e espaços esto relacionados conforme figura abaixo:

A clave de D escrita na terceira linha, logo toda nota que estiver nesta linha a nota D. As outras linhas e espaços esto relacionados conforme figura abaixo:
Utilizaremos neste curso somente a clave de Sol, pois a mais utilizada nas partituras para teclado. 

Sabemos que no teclado temos mesmas notas em oitavas diferentes. Assim as notas podem se repetir na pauta mas em oitavas diferentes. A figura abaixo mostra alguns destes casos:

A segunda nota Dó está localizada mais acima na pauta que a primeira nota Dó. Portanto, a segunda nota Dó está localizada mais direita do teclado em relação primeira (uma oitava acima, ou seja, mais aguda).

Quando vemos uma nota D na pauta, como saberemos qual a tecla D correspondente no teclado, j que temos várias teclas D em oitavas diferentes? A figura abaixo ilustra uma pauta e as notas correspondentes no teclado. O primeiro D da pauta da figura chamado de D Central, e corresponde tecla D mais ao centro do teclado. As outras notas se sucedem sempre obedecendo ordem D-R-Mi-F-Sol-L-Si.


No teclado, a mão direita é utilizada para tocar a melodia da música, enquanto a mão esquerda serve, principalmente, para acompanhar ou fazer os acordes da música, que são feitos normalmente na parte mais grave do teclado.

Para facilitar o dedilhado neste curso, em algumas pautas os dedos a serem utilizados em cada nota serão identificados por números. Os números informados na pauta acima correspondem aos dedos da mão direita, conforme figura abaixo:

Para a mão esquerda os dedos serão identificados de acordo com a figura abaixo:


Como exercício, toque a sequência de 15 notas da figura anterior da esquerda para a direita e, ao chegar no final, toque as notas da direita para a esquerda. Clique aqui para escutar a sequência corretamente tocada e compare com o que você tocou. Atente para os seguintes pontos: 

- A posição da mo e dos dedos deve ser ligeiramente curva sobre o teclado, o mais natural possível, conforme figura abaixo: 



E sempre procure deixar o pulso relaxado. Isso muito importante! Quanto mais relaxado o pulso tiver, mais rápido você progredir. Qualquer tenso no pulso far com que seus dedos fiquem "presos", e o movimento dos dedos ficar limitado. A fora deve vir dos dedos, no do pulso ou braço. O teclado deve estar numa altura de forma que o antebraço fique num ângulo de 90 graus em relação ao braço.

- Após tocar a primeira tecla com o dedo 3 (Mi), você dever passar o primeiro dedo por baixo do segundo e terceiro, e tocar a tecla seguinte com o primeiro dedo, continuando a sequência.

- Na volta, após tocar a primeira tecla com o dedo 1 (Fá), você dever passar o segundo e terceiro dedos por cima do primeiro, e tocar a tecla seguinte com o terceiro dedo, continuando a sequência.

- Procure tocar as notas bem ligadas, sem intervalos entre elas e sem sobrepor duas notas. Ou seja, tire o dedo de uma nota e, imediatamente, toque a seguinte.

Avaliação da Aula 02 

Para passar para a próxima aula o aluno deverá responder corretamente as questões de 1 a 4. As respostas serão dadas na Aula 03.


1) Selecione a opção que representa a resposta correta para a sequência de notas informada na pauta abaixo:

C - B - A - D
A - B - C - D
B - C - A - D
F - E - D - C

2) Selecione a opção que representa a resposta correta para a sequência de notas informada na pauta abaixo:
E - D - F - B
F - D - G - E
E - C - G - B
F - E - G - E

3) Selecione a opção que representa a resposta correta para a sequência de notas informada na pauta abaixo:
B - D - C - E
D - B - C - E
D - B - A - E
B - D - A - E

4) Selecione a opção que representa a resposta correta para a sequência de notas informada na pauta abaixo:
C - C - A
C - C - C
A - A - A
C - E - C

5) Toque no teclado as sequências de notas contidas em cada uma das 4 pautas abaixo. Cada nota deve ser tocada com a mesma duração. Treine todas as sequências até que elas sejam tocadas no mesmo andamento (velocidade) que as sequências modelos respectivas:

Sequência 1

Sequência 2

Sequência 3


Sequência 4




Exercícios complementares!


Decore todas as notas na Clave de Sol (inclusive as das linhas superiores e inferiores) associando-as às teclas do teclado. Este conhecimento deve estar bem sólido para a próxima aula, quando acrescentaremos na pauta outras informações, como duração e pausa entre notas. 

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Curso de Música - Aula 01 - Noções Básicas

Aula 01 - Noções Básicas


Música a arte de combinar sons. Estaremos neste curso estudando os 3 elementos fundamentais da música: melodia, harmonia e ritmo.

Melodia: sucesso de sons formando um sentido musical.
Harmonia: sons ouvidos ao mesmo tempo, observando as leis dinâmicas que regem seu comportamento.
Ritmo: movimentos dos sons regulados pela sua maior ou menor duração.

Começaremos a analisar a partir de agora alguns conceitos essenciais para o entendimento dos elementos da música.

Os sons produzidos no teclado variam de tecla para tecla. Cada tecla emite um som diferente, ou seja, uma nota musical diferente. O que varia entre eles o que chamamos de intervalo. Intervalo a diferença de altura entre dois sons (notas musicais). Na música ocidental o menor intervalo existente meio tom, ou semitom.

Os intervalos podem ser ascendentes (quando a segunda nota mais aguda que a primeira) ou descendentes (quando a segunda nota mais grave que a primeira). Também podem ser simples, quando a distância entre as notas está dentro de uma oitava (a ser explicada adiante), e podem ser compostos, quando a distância entre as notas superior a uma oitava.

Cada intervalo possui um nome e uma qualidade, de acordo com a seguinte tabela, que ilustra somente os intervalos simples.
Nome Qualidade Distância em tons e semitons
2º (Segunda) A (Aumentada) 1 & 1/2 tons (3 semitons)
M (Maior) 1 tom (2 semitons)
m (menor) 1/2 tom (1 semitom)
d (diminuta) nulo
3º (Terça) A (Aumentada) 2 & 1/2 tons (5 semitons)
M (Maior) 2 tons (4 semitons)
m (menor) 1 & 1/2 tons (3 semitons)
d (diminuta) 1 tom (2 semitons)
4º (Quarta) A (Aumentada) 3 tons (6 semitons)
J (Justa) 2 & 1/2 tons (5 semitons)
d (diminuta) 2 tons (4 semitons)
5º (Quinta) A (Aumentada) 4 tons (8 semitons)
J (Justa) 3 & 1/2 tons (7 semitons)
d (diminuta) 3 tons (6 semitons)
6º (Sexta) A (Aumentada) 5 tons (10 semitons)
M (Maior) 4 & 1/2 tons (9 semitons)
m (menor) 4 tons (8 semitons)
d (diminuta) 3 & 1/2 tons (7 semitons)
7º (Sétima) A (Aumentada) 6 tons (12 semitons)
M (Maior) 5 & 1/2 tons (11 semitons)
m (menor) 5 tons (10 semitons)
d (diminuta) 4 & 1/2 tons (9 semitons)
8º (Oitava) A (Aumentada) 6 & 1/2 tons (13 semitons)
J (Justa) 6 tons (12 semitons)
d (diminuta) 5 & 1/2 tons (11 semitons)


interessante observar que os intervalos 4, 5 e 8 s admitem 3 qualidades: justo, aumentado e diminuto; e que os outros admitem 4 qualidades: Maior, menor, Aumentado e diminuto, embora as duas últimas sejam pouco utilizadas na prática.

Veremos agora os intervalos no teclado. O teclado compõe-se de várias teclas brancas e pretas. A figura abaixo ilustra parte de um teclado (por questão de espaço colocamos números somente nas teclas brancas):
 

Vemos que a sequência de teclas entre a tecla 1 e a tecla 12 repete entre a tecla 13 e a tecla 24. Cada sequência chamamos de uma oitava. Desta forma, quando se diz que um teclado possui 5 oitavas, ele possui 5 destas sequências, ou 60 teclas (5 x 12 ). Por que esta sequência chama-se oitava? Iremos agora ilustrar os conceitos de intervalos mencionados anteriormente. 


Dissemos que um intervalo a distância entre duas notas, e que o menor intervalo conhecido como semitom. Portanto, como exemplo, da tecla 1 tecla imediatamente depois (a preta, entre a 1 e a 3) temos um semitom. Outro exemplo: da tecla 12 tecla imediatamente depois (13) temos 1 semitom também (no h nenhuma outra tecla entre elas). Da tecla 3 5 temos 2 semitons (ou 1 tom): um semitom entre a 3 e a 4, e outro semitom entre a 4 e a 5. Da tecla 8 12 temos 4 semitons (ou 2 tons), e assim por diante.

Atribuindo as qualidades para os intervalos temos que entre a tecla 6 e 8 temos um intervalo de Segunda Maior (1 tom) . O mesmo intervalo se verifica entre as teclas 5 e 7, 8 e 10, 10 e 12, etc.

Temos um intervalo de Terça menor entre as teclas 1 e 4, por exemplo.

Temos um intervalo de Quinta Justa entre as teclas 6 e 13, por exemplo. E temos um intervalo de uma Oitava Justa entre as teclas 1 e 13 , por exemplo. Da o nome oitava. interessante observar que a oitava no ocorre sempre entre as teclas 1 e 13. Entre as teclas 2 e 14 também temos o intervalo de uma oitava, e assim por diante.

Intervalos superiores a uma oitava são chamados intervalos compostos. Dentre os intervalos compostos mais utilizados, h o de 9 (Nona), 11 (Décima Primeira) e 13 (Décima Terceira). O de Nona na verdade composto de um intervalo de uma Oitava adicionado a um de Segunda. O de Decima Primeira composto de uma Oitava mais um de Quarta; e o de Décima Terceira composto de uma Oitava mais um de Sexta. Por exemplo, entre a tecla 1 e 13 h uma Oitava, entre a 13 e 15 h uma Segunda Maior, portanto, entre a 1 e 15 h um intervalo de Décima Primeira.

Vamos agora atribuir nomes cada tecla. A tecla 1 emite a nota D, a 3 emite a nota R, a 5 emite a nota Mi, a 6 emite a nota F, a 8 emite a nota Sol, a 10 emite a nota L, a 12 emite a nota Si, a tecla 13 emite a nota D, s que uma oitava acima (mais aguda) da nota D anteriormente, a 15 emite a nota R, também uma oitava acima, e assim por diante.

Cada nota possui uma abreviação, de acordo com a tabela abaixo:
Nota Cifra
C
D
Mi E
F
Sol G
A
Si B


A estas abreviações damos o nome de cifras.

Estas são as notas naturais. E as teclas pretas? Como podemos observar, entre as teclas 1 e 3 temos um intervalo de um tom. J dissemos que o menor intervalo existente no teclado de um semitom. Da a existência das teclas pretas. A de número 2, por exemplo, situa-se entre as teclas 1 e 3, dividindo o intervalo de um tom em dois semitons. Qual o nome desta nota? Bem, há na música os sinais de alteração, que, ao serem colocados antes das notas modificam o seu som, conforme a tabela abaixo:

Sinal Significado Efeito
# Sustenido Eleva a nota um semitom

Dobrado sustenido Eleva a nota um tom
b Bemol Abaixa a nota um semitom
bb Dobrado bemol Abaixa a nota um tom

Bequadro Anula o efeito de qualquer uma das alterações anteriores

Portanto, a primeira tecla preta na figura (a de número 2) pode ser denominada C# ou Db. A de número 4 pode ser denominada D# ou Eb, e assim por diante. A tabela abaixo descreve todas as notas de uma oitava:

Nota Cifra
C
Dó sustenido (Ré bemol) C# (Db)
D
Ré sustenido (Mi bemol) D# (Eb)
Mi E
F
Fá sustenido (Sol bemol) F# (Gb)
Sol G
Sol sustenido (Lá bemol) G# (Ab)
A
Lá sustenido (Si bemol) A# (Bb)
Si B

Na tabela de intervalos, podemos verificar que os intervalos Terça Aumentada e Quarta Justa são idênticos, ambos possuindo 2 tons e 1 semitom. Como diferenciá-los na prática? Bem, entre as notas G e C temos um intervalo de 4J, e não 3A, pois entre G e C temos 4 notas (G,A,B e C). Já entre as notas G e B# temos um intervalo de 3A, pois há 3 notas no intervalo (G,A e B).

Notas enarmônicas são aquelas que apresentam o mesmo som, porém possuem nomes diferentes. Ex.: Abb=G, E#=F, etc.

Na aula 2 estudaremos a pauta, a representação das notas e as posições de cada nota no teclado. Arquivos contendo sequências de notas são disponibilizados nesta aula de forma que o aluno possa escutar e praticar junto com o computador.

Avaliação da Aula 01


Para passar para a próxima aula o aluno deverá responder corretamente as questões de 1 a 4. As respostas serão dadas na Aula 02.


1) Quantos semitons h entre a nota A (Lá) e a nota B (Si)?

2
4
6
14
16


2) Selecione a opção que representa um intervalo de 3m, 5J e 7M.

C - D; D - A; C - B
D - F#; D - B; E - D#
Db - Fb; C - G; E - D#
F - A; D - A; C - B
B - D; E - B; A - G


3) Quantos tons há entre as notas F (Fá) e B (Si)?

1
2
3
4
5


4) Qual o intervalo entre as notas C (Dó) e F (Fá)?

3m
4J
4A
5J
6d


5) Selecione a opção que apresenta notas enarmônicas.

G# e Bb
F# e Ab
A# e Cb
E# e Gb
C# e Db



Exercícios complementares!


Exercite todos os intervalos no teclado, decorando-os. Toque no teclado todos os intervalos, procurando identificá-los pelo som das notas, sem olhar o teclado. Isto melhorar sua percepo musical, facilitando tocar "de ouvido" suas msicas preferidas. Decore cada nota do teclado, incluindo os sustenidos e bemis. Isto ser fundamental daqui para frente. 

Curso de Fotografia - Aula 09 - A Fotografia Digital

Aula 09 - A fotografia digital

Funcionamento


Ao invés de usar o antigo filme, as câmeras digitais possuem um dispositivo contendo sensores eletrônicos (chamado de CCD) que converte a luz em bits. Os bits são manipulados digitalmente de forma a gerar a imagem final, podendo ser previamente visualizada em uma monitor na própria câmera (na parte traseira) e, após clicada, a imagem é salva num cartão de memória, sendo possível sua manipulação direta por um computador. Há hoje em dia diversos modelos. O preço normalmente é diretamente proporcional à quantidade de pixels   da foto (número de pontos que os sensores eletrônicos utilizam pode gerar a imagem final), à qualidade e à quantidade de recursos da câmera. Quanto maior a quantidade de pontos (pixels) maior é o tamanho da imagem final. 


Resolução, cartão de memória, consumo de energia

Dentre os fatores que determinam a qualidade final da imagem gerada a quantidade de pixels é um dos principais. Dentre os demais fatores podemos citar a qualidade da lente utilizada e os circuitos eletrônicos utilizados para leitura da luz, foco, etc.

Normalmente as impressões são feitas utilizando-se 300 dpi de resolução. Uma câmera de 2 Mp gera uma imagem de 1600 x 1200 pixels. Assim, se a resolução é 300 dpi (dots per inch, ou pontos por polegada), a largura da foto final, em cm é:

2,54 cm..........................300

x .....................................1600

x = 1600 x 2,54/300 = 13,54 cm

A quantidade de pixels é comumente chamada também de resolução, já que mede a quantidade de pontos em uma foto.

Ou seja, uma imagem gerada numa câmera com resolução de 2 Mp mede 13,54cm x 10,16 cm. Desta forma, uma foto gerada nesta resolução e impressa em formato 10 x 15 não sofrerá perda de qualidade. Mas se esta mesma foto for impressa no tamanho 13 x 18 vai haver perda de qualidade na impressão, uma vez que os pontos deverão ser "distanciados" uns dos outros para preencher um tamanho maior. Neste caso poder ser que visualmente seja verificada esta perda, que é mais perceptível quanto maior for o tamanho impresso.

Assim, se o fotógrafo normalmente imprime fotos somente no tamanho 10x15 cm uma câmera de 2 Mp é o suficiente. Se costuma ampliar as fotos em 13 x 18 ou 20 x 25, uma câmera de 3.2 Mpixels é suficiente, e assim por diante. Atualmente até as câmeras compactas mais baratas já possuem mais do que 10Mp.

Algumas câmeras incluem uma memória interna para armazenar as fotos geradas que, no entanto, é de pequena capacidade. É necessário então inserir um cartão de memória para que seja possível gravar uma quantidade suficiente de fotos. O tamanho que cada foto ocupa pode variar um pouco, dependendo dos detalhes que a foto contém, e do grau de compactação utilizado. As câmeras normalmente permitem a gravação das fotos em arquivos com extensão JPG (além de outros formatos), os quais permitem a seleção do grau de compactação desejado. Além disso, as câmeras permitem a seleção de resoluções menores que o limite da câmera. Muitos usuários configuram seus computadores para 1024 x 768 pixels. Assim, muitas câmeras permitem a geração de fotos com 1 Mp de resolução para fotos a serem visualizadas em computadores, já que a foto nesta resolução ocupa o tamanho exato da tela do monitor. Alguns modelos ainda permitem a geração de fotos com resolução menor (640 x 480 pixels) para uso no ambiente de internet, onde arquivos com resoluções maiores geram mais lentidão de processamento. As câmeras são normalmente conectadas ao computador pela porta USB, e acompanham um software para transferência dos arquivos contidos no cartão para o computador. Após a transferência pode-se apagar o cartão e reutilizá-lo para novas fotos.

Outra característica marcante em câmeras digitais é o alto consumo de pilhas. Alguns modelos utilizam baterias recarregáveis, outras permitem a utilização de pilhas pequenas comuns, alcalinas ou recarregáveis de Níquel-Manganês (Ni-Mn).

O número de fotos que podem ser batidas com estas baterias depende basicamente do grau de utilização do flash, do monitor (desligando-o e utilizando o visor há uma economia considerável de energia), e da "potência" das pilhas utilizadas. Se forem utilizadas pilhas recarregáveis de 3000 mAh (miliampéres por hora) será possível tirar mais fotos do que se utilizar pilhas de 2000 mAh. Após o término da carga é necessário recarregar as baterias. É conveniente possuir mais de um jogo de baterias, mantendo-se um jogo sempre carregado.

Que modelo comprar?

Há diversos modelos de câmeras digitais à venda. E constantemente são lançados novos modelos. O modelo mais adequado ao usuário vai depender dos seus objetivos na fotografia, e da sua disponibilidade financeira. Se quer somente registrar momentos, basta uma compacta. Se quer algo mais artístico, uma compacta avançada pode ser a melhor opção. Se deseja fazer trabalhos mais técnicos e variados, uma reflex é a solução (ver aula 3 do curso para maiores detalhes sobre este tipo de câmera). Mas esta escolha depende muito do que o fotógrafo vai necessitar utilizar para tirar suas fotos. Segue abaixo uma descrição das principais características de cada tipo de máquina. Assim, fica mais fácil o usuário escolher o modelo mais apropriado.

As compactas geralmente são pequenas fisicamente, possuem lentes fixas, ou possuem lentes zoom (zoom ótico) que aproximam e distanciam a imagem (ver aula 4 do curso para maiores detalhes sobre as lentes). As que possuem lentes fixas geralmente contém o zoom digital que, ao contrário do zoom ótico, gera perda de qualidade na imagem. O zoom ótico "distancia" os pixels uns dos outros, piorando a qualidade final. Possuem flash embutido com pequeno alcance, e não permitem utilização de flash auxiliar (não possuem sapata nem ligação de cabo de sincronismo). Em geral não permitem a regulagem manual de abertura do diafragma e velocidade do obturador, com exceção de alguns modelos (ver aula 6 do curso para maiores detalhes sobre a medição da luz). Normalmente pode-se somente aumentar ou diminuir a exposição automática, em gradações pre-definidas. Em algumas publicações este recurso é chamado inadequadamente de modo manual. Alguns modelos possuem modos programados como cenas noturnas, pôr-do-sol, interiores, etc.

As compactas avançadas podem possuir sapata para conexão de flash externo, lentes com maior qualidade, e que permitem encaixe de filtros. Permitem a regulagem manual de abertura do diafragma e velocidade do obturador. Pode ser a melhor opção para um amador avançado, ou até mesmo para um profissional, dependendo de sua área de atuação.

As reflex digitais possuem as mesmas características das reflex convencionais, com lentes intercambiáveis. As resoluções normalmente são superiores às compactas avançadas. Alguns modelos são feitos com material mais resistente (alumínio, por exemplo). Alguns modelos permitem conexão com um flash externo por cabo de sincronismo, além de sapata.

Há diversos sites que fazem comparações entre modelos de câmeras, ilustrando inclusive fotos que auxiliam na avaliação da qualidade final da câmera. Assim fica mais fácil o usuário escolher o modelo que mais de agrada, considerando os recursos e a qualidade da foto gerada. Um bom site é o www.dpreview.com.

Recursos e problemas

- Permitem tirar fotos a curta distância (macro), como, por exemplo, a 5 cm do objeto. Isto permite a geração de fotos de insetos com uma boa aproximação. Veja foto abaixo tirada em modo macro. Sua resolução foi reduzida para não demorar a visualização na página.

Foto 33
Local: Bara do Piraí - RJ
Máquina: Nikon Coolpix 3100 (compacta amadora de 3.2 Mp)
Objetiva: Nikkor 38-115

- Disparo automático de diversas fotos em sequência, além de possibilitar a geração de uma foto com diversos quadros em sequência. Veja foto abaixo tirada utilizando este recurso. Sua resolução foi reduzida para não demorar a visualização na página.

Foto 34
Local: Miracema - RJ
Máquina: Nikon Coolpix 3100 (compacta amadora de 3.2 Mp)
Objetiva: Nikkor 38-115

- Disparo de uma série de fotos em sequência e seleciona automaticamente a melhor da série, considerando foco, nitidez, cores, etc.

- Permitem criar outra foto a partir de um trecho de uma foto já tirada.

- Gravam vídeos (a maioria grava com som também, até mesmo estéreo).

- Seleção de sensibilidade (ASA). Em alguns modelos esta seleção é automática. (ver aula 5 do curso para maiores detalhes sobre a sensibilidade dos filmes).

Um problema que ainda ocorre em câmeras digitais compactas é o tempo de registro da foto após o momento que aperta-se o botão. Muitas vezes o assunto principal (uma criança, por exemplo) sai do enquadramento correto entre o tempo que aperta-se o botão de disparo e o momento em que a cena é registrada pela câmera.

Outro problema nas câmeras digitais é o "ruído" visível em fotos tiradas em ambientes com pouco iluminação, onde é utilizada uma sensibilidade maior. Veja foto abaixo, onde nota-se ruído nos trechos escuros. Sua resolução foi reduzida para não demorar a visualização na página.
 

Foto 36
Local: Niterói - RJ
Máquina: Nikon Coolpix 3100 (compacta amadora de 3.2 Mp)
Objetiva: Nikkor 38-115

Outra característica negativa das câmeras digitais ocorre nos modelos reflex. Devido ao fato do sensor CCD ser normalmente menor que um fotograma a distância focal das lentes é amplificada. Ou seja, uma lente de 100 mm passa a ter distância focal de 160 mm, por exemplo. Existem câmeras que o sensor é "full frame", ou seja, do mesmo tamanho e formato de um fotograma 35 mm. Neste caso as lentes funcionam com sua distância focal original.

Arquivos em formato RAW

Algumas câmeras (as mais avançadas) permitem a geração de arquivos no formato .RAW (e não apenas .JPG). Trata-se de um arquivo que contém a totalidade dos dados da imagem tal como ela foi captada pelo sensor. Ou seja, eles não sofrem a compressão utilizada pelo processamento da câmera na geração dos arquivos .JPG. Com isso, o fotógrafo poderá trabalhar neste arquivo aplicando-se os ajustes conforme seu desejo, tais como foco, luminosidade, balanço de branco, etc. 

Tais arquivos possuem geralmente um tamanho grande, e sua estrutura (e até mesmo a extensão do arquivo) varia em função do fabricante. Eles não podem ser visualizados por qualquer aplicativo gráfico. No entanto, a maioria dos aplicativos específicos para o tratamento de imagens possibilitam sua abertura e edição dos parÂmetros, permitindo-se que seja gravado um arquivo com a extensão .JPG, por exemplo, de acordo com os ajustes efetuados.

É muitas vezes chamado de "negativo digital" pois é equivalente a um filme negativo na fotografia analógica, ou seja, o negativo não é usável como uma imagem, mas contem todas as informações necessárias para criar uma. O processo de converter uma imagem crua para um formato visível é muitas vezes chamado de revelação de imagem raw.
O formato é aceito pela justiça brasileira como prova em um tribunal.
A maioria das câmeras que geram arquivos .RAW possui uma opção de geração de cópia em arquivo .JPG.

Programas para tratamento das imagens

Existem diversos programas que permitem a realização de ajustes em arquivos de imagem. O Photoshop é o mais conhecido. Com estes programas pode-se melhorar a qualidade de uma foto tirada com erro de exposição, por exemplo, aumentando-se seu brilho ou contraste. Pode-se ainda aumentar a nitidez, retirar objetos indesejáveis na foto, corrigir distorções nas linhas de perspectivas de construções, corrigir a cor em olhos vermelhos, reduzir a resolução da foto, corrigir fotos feitas com horizonte torto, etc.

Há também programas para catalogar as fotos, facilitando sua pesquisa futura. Muitos usuários gravam suas fotos digitais em diretórios nos seus computadores, sem um registro de dados associados, o que complica sua pesquisa futura. Estes programas (há também sites na internet para isso) associam campos a cada foto, sendo que o usuário deve cadastrar nestes campos informações como título da foto, local, assunto, etc. E permitem a geração de pesquisas por estes campos, facilitando encontrar uma foto desejada.

Outro tipo de programa bem útil é o que gera slide show. São informados para este tipo de programa uma série de fotos (de um casamento, por exemplo). O programa então permite a gravação em CD-ROM ou DVD de um programa especial que mostra as fotos automaticamente em sequência (o tempo de visualização de cada foto normalmente é programável), incluindo efeitos visuais na passagem de uma foto para outra, música de fundo, textos para cada foto, etc. 

Técnicas e dicas

Gravação de arquivos

Quando se trabalha com arquivos de extensão JPG é interessante saber que ao salvar um arquivo deste tipo deve-se selecionar um grau de compactação. Informando-se menos de 100% o arquivo é compactado a cada vez que é salvo. Pode-se perder a qualidade após algumas gravações.

Armazenamento

Na tecnologia convencional basta armazenar corretamente os negativos (ou positivos) para garantir a possibilidade de geração de cópias futuras. Na tecnologia digital é necessário criar cópias de segurança (backups) dos arquivos de imagem armazenados. A forma mais usual e com um ótimo custo-benefício é gravar cópias dos arquivos em DVD ou HD Externo. Convém ressaltar que um DVD pode danificar com o uso, impedindo a leitura futura de um determinado arquivo de imagem gravado. Neste caso pode-se recorrer à gravação de um mesmo arquivo em mais de um DVD, ou até mesmo armazenar os arquivos do backup em algum provedor de internet seguro.  

Equilíbrio do branco

O filme fotográfico e o sensor digital são desenvolvidos para responder a uma faixa estreita de luz, tipicamente neutra, na faixa do meio-dia. As máquinas digitais possuem um recurso conhecido como equilíbrio de branco (white balance), que permite o controle da resposta de luz em suas diversas faixas. Dependendo da condição de iluminação pode-se selecionar algumas opções padrões, ou até mesmo programar uma nova, nas câmeras mais avançadas. As opções mais comuns são os modos automático, dia, fluorescente e tungstênio. Assim, se a câmera for utilizada em ambiente com luz fluorescente, é conveniente selecionar este modo de equilíbrio de branco na câmera. Neste caso as áreas brancas na cena sairão próximas ao branco natural na foto final. Caso não se utilize este recurso o branco sairá com outra tonalidade, que dependerá das condições de luz do ambiente. No modo automático a câmera seleciona a configuração de acordo com o ambiente. O fotógrafo poderá "brincar" com este ajuste, e verificar o resultado no monitor, gerando imagens com tonalidades interessantes. Ressalto que em alguns casos é necessário desativar este equilíbrio de branco como por exemplo em fotos de pôr-do-sol, onde a temperatura de cor é próxima à luz de tungstênio. O equilíbrio de branco nestes casos poderá excluir da foto final nuances de cores característicos deste momento.

Em câmeras convencionais este tratamento é feito através de uso de filtros ou até mesmo de filmes específicos para cada situação (ver aula 7 do curso para maiores detalhes sobre o uso de filtros).

Esta versatilidade das câmeras digitais proporciona uma liberdade maior na iluminação de estúdio, que poderá ser utilizada em conjunto com o controle de equilíbrio de branco, tornando o controle da luz mais facilitado.


Curso de Fotografia - Aula 08 - Efeitos e Técnicas

Aula 08 - Efeitos e técnicas


Estudaremos nesta lição alguns efeitos especiais que podem ser feitos para dar um toque especial às suas fotos:

Puxada de zoom: nesta técnica, basta fazer o enquadramento desejado com a maior distância possível e, no momento exato do click, puxar (ou girar, dependendo da máquina) o anel do zoom por toda a sua extensão. A velocidade ideal pode ser de 1/8 até 1 segundo ou mais. A puxada deve durar mais ou menos o tempo do início ao fim do click da foto. Desta forma, é necessário um tripé robusto para evitar qualquer tipo de balanço na câmera e para que a puxada seja feita delicadamente. Esta técnica, apesar de simples, requer bastante prática até que se consiga os efeitos desejados. Veja foto abaixo:

Foto 25
Local: Praia de Icaraí - Niterói - RJ
Máquina: Nikon N50
Objetiva: Nikor 35-80 

Panning: esta é uma técnica que permite fazer uma foto de algum elemento em primeiro plano em foco e com o fundo borrado, sugerindo a idéia de movimento. Veja o exemplo abaixo: 


Foto 26
Local: Itaipu - Niterói - RJ
Máquina: Nikon N50
Objetiva: Nikor 35-80

Para conseguir este efeito, basta fazer um pré-foco em algo no ponto onde você pretende fazer a foto. Quando o objeto se aproximar, faça o enquadramento e acompanhe-o em direção ao ponto desejado. Alguns instantes antes do ponto, aperte o disparador suavemente e, mesmo depois do disparo, continue acompanhando o objeto no enquadramento desejado por mais uns instantes, só para garantir que o obturador tenha fechado completamente. A regulagem ideal da velocidade de disparo depende da velocidade do objeto. No caso de pessoas, utilize 1/30. Em carros de corrida pode-se utilizar 1/250. Basta experimentar e verificar os resultados.

Fogos de artifício: monte a câmera num tripé e enquadre a área do céu onde os fogos irão explodir. Coloque a câmera na posição B (neste modo, o obturador fica aberto até que o botão do click seja liberado). Regula a abertura em f/8 ou f/16 e cheque o foco. Quando os fogos começarem a surgir, aperte o botão da câmera (o ideal é utilizar um cabo de disparo, que evita que a câmera mova de posição na hora do click) e aguarde uns instantes (3, 4 segundos) para que a câmera capte as luzes das explosões. Caso haja uma pausa nos fogos e você deseja capturar mais explosões na mesma foto, coloque um cartão preto tampando a lente (ou qualquer outro objeto que vede a entrada de luz). Quando recomeçarem os fogos, tire o cartão e continue a exposição. Faça outras fotos variando o tempo da exposição e a quantidade de explosões. Veja foto abaixo:

Foto 27
Local: Camboinhas - Niterói - RJ
Máquina: Nikon N50
Objetiva: Nikor 35-80

Luzes contínuas: em fotos à noite, um efeito interessante é registrar as luzes dos carros com um tempo de exposição longo, gerando bonitas fotos, como a foto abaixo:

Foto 28
Local: Praia de Icaraí - Niterói - RJ
Máquina: Nikon N50
Objetiva: Nikor 35-80

Para tirar fotos como esta, basta regular a abertura em f/8 ou f/16, e experimentar tempos de exposição entre 5 e 30 segundos. É óbvio que o uso do tripé é essencial.

Flou ou Foco suave: normalmente sempre procuramos bater fotos com nitidez. No entanto, em alguns casos, a falta de nitidez poder dar um toque romântico à foto. Para conseguir este efeito normalmente utilizados os filtros difusores (veja foto 24). No entanto, este efeito pode ser conseguido de uma forma mais barata: experimente colocar uma meia-calça de nylon na frente da objetiva. Outra solução é dar uma baforada no filtro (sempre utilize um filtro na objetiva neste caso, para protegê-la) e bater a foto logo em seguida. Experimente e verifique os efeitos.

Silhuetas: para conseguirmos este efeito, basta posicionar um elemento (pessoa, por exemplo) na frente de uma fonte de luz (o sol, por exemplo). Faz-se então a leitura num ponto próximo da fonte de luz, regulamos a abertura e velocidade de acordo com as indicações do fotômetro, reenquadramos a foto e disparamos o obturador. Com isso, o elemento fica subexposto, realçando seu contorno, e gerando fotos incríveis. Veja exemplo abaixo:

Foto 29 

Local: Lagoa de Itaipu - Niterói - RJ 
Máquina: Nikon N50 
Objetiva: Nikor 35-80 

Still life: é a técnica de fotografar objetos (ou mais comumente conhecida como fotografar natureza morta). Esta técnica dá resultados interessantes quando se combinam objetos e luz harmoniosamente, e não faltam elementos para fotografar. 



Foto 30 
Máquina: Nikon N50 
Filme: Kodak Gold ASA 100 
Objetiva: Nikor 35-80 

Viragem sépia: está técnica consiste em alterar as cores originais de uma foto preto e branco, dando aquele toque de foto "envelhecida". Compare as fotos abaixo: 




Foto 31
Local: Praia de Itacoatiara - Niterói - RJ
Máquina: Nikon N50
Objetiva: Nikor 35-80
 


Foto 32
Local: Praia de Itacoatiara - Niterói - RJ
Máquina: Nikon N50
Objetiva: Nikor 35-80

Este "envelhecimento" pode ser conseguido na maioria das câmeras digitais, que possuem tal efeito já disponível.

Como fotografar óculos: o reflexo nas lentes é bastante comum quando se fotografa pessoas de óculos. Para evitar isso, tire fotos destas pessoas com pouca fonte de luz, e peça a pessoa para que não olhe diretamente para a luz ou objetos refletores (espelhos, por exemplo). Em último caso, pode-se recorrer a sprays opacos, próprios para reduzir reflexos em lentes.

Fotos de TV: ligue a TV num quarto escuro (para evitar reflexões na tela), utiliza um tripé e um cabo disparador. Selecione uma velocidade de disparo baixa, tipo 1/15 s. A velocidade tem que ser baixa pois senão a imagem pode ser registrada de forma incompleta. Isto ocorre pois a imagem na TV é formada em partes, durante em um determinado tempo.